Cédula com imagem do lobo guará perdeu 19,6% do seu valor em apenas dois anos.
Com a inflação generalizada e na casa dos dois dígitos, o poder de compra do brasileiro vem sendo corroído pelos altos preços dos produtos e em todas as áreas. Apesar da deflação atingida no mês de julho, de 0,68%, alguns itens, como os alimentos, seguem em alta. Uma nota de R$ 200 não é o suficiente para fazer a mesma compra de dois anos atrás.
Nesse sentido, a nota que tem a estampa o lobo guará e completa dois anos em 2022 teve seu poder aquisitivo corroído em 19,6%. Ou seja, hoje, a nota de R$ 200 “vale” cerca de R$ 161.
Nota de R$ 200 corroída pela inflação
Nos últimos dois anos, a inflação chegou a altos patamares no Brasil. Dessa forma, o poder aquisitivo dos cidadãos caiu drasticamente. Diante dessa realidade, o valor da nota de R$ 200 em julho de 2022 é quase 20% menor quando comparado ao seu valor em setembro de 2020.
De acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), grande parte desse poder de compra se relaciona com a alta expressiva dos alimentos.
Em 2020, um almoço com os mesmos itens custava em média R$ 80 mais barato do que atualmente. Hoje, com base nos produtos considerados, uma refeição completa chega a R$ 175 em média na cidade de São Paulo.
A deflação de 0,68% registrada em julho pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), indicador oficial da taxa inflacionária, foi influenciada principalmente pelos preços dos combustíveis e energia elétrica.
O grupo de alimentos não recuou no período analisado. Pelo contrário, teve aumento de 1,3%.
A inflação sobre os itens alimentícios neste ano chegou a 9,83%, o percentual é mais que o dobro da taxa inflacionária geral do mesmo período, que ficou em 4,77%.
Poder de compra em queda
Uma recente pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Mercado de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontou que cerca de 90% das profissões tiveram seu poder de compra corroído pela inflação no país.
Em alguns casos, o poder aquisitivo foi reduzido em 16%.
Outro fator importante é que o salário mínimo, como é ajustado apenas com base na inflação, quando atualizado, não gera nenhum ganho real aos brasileiros.
Segundo o Dieese, o salário mínimo ideal para suprir as necessidades de uma família de quatro integrantes seria de R$ 6.388,55, o que corresponde a quase cinco vezes mais que o piso nacional atual, de R$ 1212.
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