Quando vale a pena pagar uma dívida com um empréstimo? Entenda

   

Comprar um carro, quitar uma dívida, doença, carro quebrou, problemas na empresa, reformar o apartamento, pagar uma despesa inesperada… Existem várias situações em que pedir um empréstimo parece uma boa ideia. Às vezes é mesmo, mas, para descobrir se realmente vale a pena, alguns fatores devem ser levados em consideração.


Quando vale a pena pagar uma dívida com um empréstimo?

A resposta é relativamente simples: só vale a pena pedir um empréstimo para pagar uma dívida se você for gastar menos.


Essa é uma boa ideia? 

Uma pesquisa conduzida pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que 23,7% dos entrevistados havia contratado um empréstimo para quitar uma dívida – de cartão de crédito, prestações e até outros empréstimos em aberto.


Um exemplo: você se enrolou no cheque especial, cujos juros chegam a mais de 300% ao ano. Para colocar em números claros, se você ficar negativado em R$ 200,00, em 12 meses, essa dívida se transformará em mais de R$ 800,00. 


Neste caso, considere pedir um empréstimo pessoal, por exemplo, que pode chegar a um quinto deste valor.


Independentemente do tipo de empréstimo que contratar, os juros não são a única cobrança em que você deve prestar atenção. Olho aberto, principalmente, para o Custo Efetivo Total (CET).


No CET estão embutidos, além dos juros, o IOF, seguro, tributos, registros e outras despesas de comum acordo no contrato.  O IOF é de 0,38% sobre o valor total, mais uma porcentagem de 0,0082% por dia, calculada de acordo com o prazo de pagamento.


Lembre-se: É importante fazer um planejamento financeiro para ter certeza que as parcelas cabem no seu bolso.


Quando vale a pena pedir um empréstimo para comprar algo?

Um empréstimo bem negociado pode permitir que você adquira um bem valioso ao qual não teria acesso se precisasse pagar à vista.


Ao decidir se você quer um empréstimo, é preciso pesar qual é o benefício que aquela compra te trará a longo prazo. 


A reforma de um imóvel, por exemplo, é um dos motivos mais frequentes que levam os brasileiros a pedir empréstimos pessoais ou consignados – cerca de 20% das solicitações, segundo a pesquisa do SPC Brasil e da CNDL. A reforma, além de atender a um conforto pessoal, também ajuda a valorizar o seu bem.


Da mesma forma, é comum emprestar dinheiro para comprar um imóvel ou um automóvel, pagar por um curso ou abrir um negócio. Todos esses motivos podem ser considerados “investimentos” para o futuro – mas cada caso é um caso e cada empréstimo é um empréstimo. 

Em qualquer situação, é essencial fazer um planejamento financeiro antes de contrair a dívida.


Quando o empréstimo não vale a pena?

A pesquisa também revelou razões pelas quais os brasileiros pedem empréstimos que merecem atenção. Compra de roupas, sapatos, móveis e eletrônicos figuraram entre os motivos, assim como pagamento de viagens.


Diferentes pessoas valorizam diferentes coisas e não há problema nisso. Mas vale a pena pensar muito bem antes de pedir um empréstimo para uma despesa não essencial.


Os juros são altos e a dívida pode crescer exponencialmente se não houver planejamento. Em muitos casos, vale mais a pena economizar por um período e gastar apenas quando tiver dinheiro suficiente guardado.


Diferentes situações


Diferentes tipos de empréstimo são mais adequados para diferentes situações. De modo geral, as pessoas que os pedem se dividem em dois grupos:

Pessoas que precisam pagar uma dívida ou débito existente;

Pessoas que precisam de dinheiro para adquirir um bem ou realizar um plano, como viajar.


Os tipos de empréstimo mais comuns são:

🔹 Empréstimo consignado: nele, as parcelas são descontadas da folha de pagamento ou da aposentadoria de quem contrata.

🔹 Empréstimo pessoal: o contrato é feito diretamente entre a instituição financeira e a pessoa que solicita. Essa é a modalidade oferecida pelo Nubank (leia tudo sobre ela aqui).

🔹 Empréstimo pessoal com garantia: funciona como o empréstimo pessoal, mas a instituição usa algum bem do contratante como garantia.

🔹 Cheque especial: sim, ele também é um empréstimo! Trata-se de um limite pré-aprovado que o cliente usa automaticamente quando gasta mais do que o saldo em sua conta-corrente. Esse é o mais fácil e rápido, por isso geralmente são os que tem as maiores taxa de juros.

🔹 Financiamento: é um tipo de empréstimo no qual a finalidade do uso do dinheiro é acordada entre o cliente e a instituição financeira – ou seja, ele só pode ser usado para pagar por algo pré-determinado, normalmente, um carro ou imóvel. O bem financiado serve como garantia.


Antes de analisar alternativas para solucionar os problemas trazidos pelas cobranças acumuladas — e entender se vale a pena pegar empréstimo para quitar dívidas —, é preciso pensar os motivos que levaram àquela situação. 


Assim, é possível evitar que sua vida financeira chegue a esse ponto novamente.


A única forma de sair das dívidas é mudar radicalmente seus hábitos de consumo e construir um novo paradigma em sua relação com o dinheiro. 


O melhor caminho, nesse caso, é um planejamento financeiro capaz de organizar todas as receitas e despesas mensais. A partir dele, ficam mais claras questões como as saídas desnecessárias, as quais acabam desequilibrando as contas no final do mês.



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