Como falar de dinheiro com os filhos? Veja dicas

É possível falar de dinheiro com crianças de 5 e 6 anos de formar dinâmica por conversas ou jogos. Já com os menores, de 2 e 3 anos, é preciso ter uma explicação lúdica, para uma maior compreensão, diz psicóloga.



A preocupação dos filhos não terem o controle sobre do próprio dinheiro é uma realidade vivida por muitos brasileiros, revela pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).


Das 813 pessoas que participaram da pesquisa, cerca de 50% não controlam os próprios orçamentos. Seja porque confiam apenas na memória para anotar as despesas (25%), não fazem nenhum registro dos ganhos e gastos (20%) ou porque delegam a função para terceiros (2%).


Como falar de dinheiro com os filhos?

Segundo Jessica Maldonato, psicóloga infantil do Canto Baobá — é possível falar de dinheiro com os filhos ainda quando crianças. Entretanto, mais do que falar, o importante é ouvir e entender qual ideia eles têm do dinheiro.


Para crianças de 5 a 6 anos, é possível falar do assunto usando conversas ou jogos. Já com os menores, de 2 e 3 anos, é preciso uma explicação lúdica, para uma maior compreensão. Na prática, o que vai fazer a diferença é a criatividade.


“Na hora de falar com o seu filho, explique o que é o dinheiro de papel, moeda, cartão e o famoso PIX. Se a criança tem entre 3 a 5 anos, uma das formas mais fáceis de falar sobre dinheiro é brincando”.

Veja algumas brincadeiras:


Supermercado: Crie um cenário de supermercado com objetos que tiver em casa. Faça simulações de pagamentos – dessa forma, você pode entender quais é a importância de compras do seu filho e como ele entende o dinheiro.

Banco imobiliário/Jogo da vida/Monopoly: com representações de casa, de trabalho e de forma leve das contas; brincar de loja.

Livros: obras como O Pé de Meia Mágico, João e o Pé de Feijão, A Menina, o Cofrinho e a Vovó, Como cuidar do seu dinheiro.


Esse tipo de brincadeira pode ser feita a partir do momento que a criança começa a ter entendimento sobre a vida, diz psicóloga.


Também é possível trabalhar com mesada ou cofrinho: dessa forma, além criar uma relação mais profunda sobre consumo, a criança terá que administrar o próprio dinheiro.


Música e dinheiro

Outra alternativa para falar sobre educação financeira é por meio da música, diz a psicóloga. Algo que pode ser trabalhado com os adolescentes, por exemplo — por estarem antenados nos novos hits músicas da internet, essa é uma abordagem que pode funcionar. Principalmente para aqueles que estão iniciando no mercado de trabalho.


Fundadora da NoFront – plataforma de empoderamento financeiro para comunidade negra e periférica – Gaby Chaves, consultora de finanças, utiliza a música, especificamente o rap, para explicar para seus alunos a importância de ter uma relação saudável com o dinheiro.


Gaby comenta sobre a importância que a música tem na vida das pessoas, por ser como um espelho histórico do momento descrito pelos autores da vida em que as pessoas estão vivendo ou aquela que gostariam de ter.


"Quando você começa a ganhar seu próprio dinheiro e não tem uma educação financeira, um direcionamento do que fazer com aquela quantia, pode acabar gastando, por isso a gente precisa falar de dinheiro e educar nossos jovens, diz.

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